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Amílcar Cabral: A Memória que Nunca se Apaga
Por Rádio Libertação
Publicado em 13/07/2025 09:56 • Atualizado 13/07/2025 09:58
Sociedade

Em 7 de julho, o ativista Adilson Oliveira Bablut publicou nas redes sociais uma poderosa reflexão sobre a memória histórica de Amílcar Cabral, considerado um dos maiores líderes da luta anticolonial africana. Sua frase — “A memória de Amílcar Cabral é ininterrupta e inabalável” — ressoa como um grito contra o esquecimento e a superficialidade das análises modernas sobre figuras fundamentais da libertação dos povos africanos.

Amílcar Cabral foi mais que um revolucionário; foi um arquiteto da identidade nacional de Guiné-Bissau e Cabo Verde. Seu pensamento ultrapassa o contexto da independência formal e mergulha na construção de uma consciência coletiva: para Cabral, não havia liberdade sem cultura. Lutava com armas, mas também com ideias — e foi nas ideias que construiu o verdadeiro alicerce da libertação.

Num mundo de narrativas aceleradas e discursos cada vez mais rasos, a lembrança de Cabral se torna ainda mais urgente. Como alertou Bablut, há quem fale de Cabral sem entender sua essência. E essa essência exige compromisso com a verdade, com a dignidade e com a emancipação dos povos por meio do conhecimento de si mesmos.

A missão de manter viva essa memória passa por gestos como o de Adilson, mas também pela inclusão desse legado nos currículos escolares, nas políticas públicas e nos debates sobre o futuro africano. Honrar Amílcar Cabral é reconhecer que sua luta continua atual — e que sua memória é combustível para novas gerações que buscam transformar realidades.

Cabral não pertence apenas ao passado. Pertence ao presente de quem luta. E ao futuro de quem sonha.

 

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