Em resposta às recentes detenções de líderes da oposição em Bissau, a oposição guineense convocou uma manifestação nacional para domingo, 24 de novembro.
Este protesto é uma reação direta ao que os opositores descrevem como uma "ditadura pior do que a época colonial", refletindo a crescente insatisfação com o atual governo.
As detenções ocorreram na manhã de quinta-feira, 21 de novembro, quando líderes de diversos partidos tentavam organizar passeatas pelas ruas de Bissau. A polícia utilizou cassetetes e granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, resultando na prisão de vários dirigentes, incluindo Joana Cobde Nhanca do Movimento Social Democrático (MSD) e Vicente Fernandes do Partido da Convergência Democrática (PCD). Outros líderes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) também foram detidos, mas posteriormente libertados.
A convocação para a manifestação nacional reflete a determinação da oposição em lutar contra o que consideram abusos de poder e a falta de democracia no país. A oposição, representada pelas coligações Plataforma Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka) e API (Aliança Patriótica Inclusiva), está mobilizando a população para participar do protesto em todo o país, buscando chamar a atenção internacional para a situação política na Guiné-Bissau.
Este evento promete ser um marco significativo na luta pela democracia e pelos direitos civis na Guiné-Bissau, destacando a resistência contínua contra práticas autoritárias e a busca por um governo mais justo e representativo. A manifestação de domingo será um teste crucial para a oposição e para a capacidade do governo de lidar com a dissidência de maneira pacífica e democrática.
Assinado,
Governador Gomes